Perdida entre roupas, encontro-me com palavras...

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Decididamente arrumar as malas é a pior parte da viagem. Sempre acho que estou esquecendo alguma ou várias coisas. Além da inevitável sensação de que vou precisar de algo que optei por não levar comigo.

Bom, perdida entre roupas, papéis e providências, encontro-me aqui, entre palavras...

É, queridos, pé na estrada de novo. Não vou dizer que o "trânsito" em si seja um problema, realmente não é. Mas, neste ano, estou acumulando mais milhas do que comissária de bordo... rs... Desde o começo do ano, não faço nada além de controlar os efeitos de minha última viagem e minimizar os efeitos da próxima.

Mas, quer saber? Ficar sentada, olhando a vida pela janela não seria mesmo uma opção considerável. Então, só o que me resta é pagar o custo de ser eu mesma. Está bom, eu sei que essa foi meio piegas, mas não é verdade? A gente sempre tem o ônus de ser quem é, ou por ser como é, nada nessa vida traz só "bônus", ou traz?

Então, como pra chegar, é necessário partir, lá vou eu...

Até sexta-feira, queridos.

P.S.: Já ia esquecendo, obrigada pelos comentários ao post anterior. Não pretendo mesmo parar de escrever. Estava me referindo especificamente a ontem. Entendam como uma rápida "crise existencial", está bem?... rs...

2 comentários:

Melia Azedarach L. disse...

E eu quer preciso viajar de mim mesma?
Acabei de ver seu comentário, realmente é aquele momento que dura a vida inteira, um clima péssimo, o ar denso e uma vontade intensa é de sair correndo.
Por que eu detesto pessoas dissimuladas e quando essa pessoa é a que você menos espera, bom você fica mais cansada ainda.
(indo ler o próximo post)

Anônimo disse...

Meu amor, como queria viajar contigo; entretanto, neste momento, não dá. Deixo-lhe uma parte de mim, talvez uma das mais importantes, como companhia: a sugestão para ir lendo poesia. Por exemplo, agora, deixo-lhe uma parte de mim através da palavra de Cecília Meireles:
Escreverás meu nome com todas as letras/ com todas as datas,/ - e não serei eu.

Repetirás o que me ouviste/ o que leste de mim, e me mostrarás meu retrato/ - e nada disto serei eu.

Dirás coisas imaginárias,/ invenções sutis, engenhosas/ - e continuarei ausente.

Somos uma difícil unidade,/de mtos instantes mínimos/ - isso serei eu (e tb nao será vc? ó, D...?)