Coisas que nunca mudam...

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Hoje uma conversa com um amigo acabou "descambando" (essa palavra não é ótima?) nas diferenças entre homens e mulheres. É incrível como cada sexo tem suas peculiaridades, seus mecanismos de pensamentos e sentimentos, coisas que acabam definindo a forma que homens e mulheres relacionam-se consigo mesmo e com os outros.

Se eu disser "pelada" no fim de semana (sem duplos sentidos, viu? rs), toalha molhada em cima da cama e acento da privada molhado, você pensará em... HOMENS...

E se eu falar em salão de beleza no fim de um dia difícil (às vezes no meio, o que é ainda mais divertido), variações extremas de humor e histórias intermináveis com todos os detalhes, isso te remeterá a... MULHERES !!!

Se suas respostas coincidiram com as minhas, você entende bem o que digo, homens e mulheres, jovens ou velhos, ricos ou pobres, feios ou bonitos, compartilham algumas características que os diferenciam e, conseqüentemente, o tornam tão "estranhos", mas encantadores ao sexo oposto.

Mas, como sou uma mulher que não se prende totalmente a rótulos (e solidária, já que vou dividir essa constatação com vc), venho percebendo que tanto mulheres, quanto homens, vêm se desvencilhando cada vez mais dos papéis que a sociedade lhes deu e experimentando as delícias (e tormentos) das características antes inerentes ao sexo oposto.

Ou vc vai dizer que não percebeu que o chopp depois do trabalho não é mais coisa só de homem? Ou que mulheres andam tendo que dividir as agendas (lotadas!!!) de seus cabeleireiros com homens tão ansiosos e cheios de urgência quanto elas?

Aí vc me diz, "mas isso é só comportamento, não necessariamente exprime uma característica". Tudo bem, mas observe só, eu não dei exemplos de comportamentos profissionais ou que são quase que impostos pela sociedade e pela necessidade, como trabalhar e ser mais "duro" ou mais "flexível" diante das dificuladades, dei exemplos de comportamentos ou atividades que as pessoas fazem quando estão em sua hora de lazer, quando podem escolher o que fazer e onde ir.

Quero dizer que o chopp com os amigos e a ida ao salão podem significar que os papéis estão se misturando, que precisar (eu disse precisar) tomar um chopp e falar um monte de bobagens e que precisar (mais uma vez é uma questão de necessidade) dar um "up" na auto-estima não são mais coisas de homens ou de mulheres, e sim de homens e de mulheres.

Aliás, vamos combinar que essa história de papéis fixos é bem limitante e já estava mesmo na hora de cair em desuso.

Entretanto, não se engane!!! Se vc é mulher, não pense que já pode dizer: "Amor, precisamos conversar...", bem na hora do futebol. Se é homem, não vá pensando que as crises de tpm são coisas do passado. Isso porque estamos bem no meio de uma total revisão de valores e papéis, mas há coisas que nunca (nunca mesmo) mudam... rs.

2 comentários:

Ricardo disse...

Eu nunca comentei num blog... eis a primeira vez. O tema é fascinante. No que consiste a feminilidade e a masculinidade? Não é na anatomia. Nem em hábitos sociais. De fato... parece algo mais profundo. É interessante, mas é possível, na maioria das vezes, indicar se uma filosofia é masculina ou feminina. A forma de pensar é diferente. Há uma semelhança entre Hannah Arendt e Clarice Lispector. Ao meu ver, esse é o ponto de partida para descobrir a fundo as verdadeiras diferenças.
Beijos, minha querida.
Ricardo.

Dos Santos disse...

Mesmo pouco inspirado pra comentar sobre relações milenares como tal, acho q um pitaco a mais não será tão prejudicial. Supor que mulheres e homens são ou estão adquirindo igualdade seria total leviandade, especialmente sabendo que a cada 4 minutos uma mulher é agredida, estuprada, violentada no país. Isso sem contar as barbáries de outros países, omitidas em nome da cultura local. Mas é indubitável o crescimento da participação efetiva das mulheres em vários setores, em vários aspectos. Quantitativamente maioria no país, elas vêem o futuro “próximo”, no mínimo, com otimismo. No mercado de trabalho assumem posições de chefia, mesmo com olhares ressabiados e incrédulos vindos da turma do bolinha. Em cadeiras presidenciais, imaginem só. E na América Latina!! E não é só uma!!!
Pouco pra uma população que é maioria, vcs poderiam argumentar. Sim é pouco, mas a grande força e a capacidade de administrar problemas, gerenciar recursos e o sexto sentido, me fazem acreditar que em algumas décadas, teremos uma situação muito, mas muito melhor para as mulheres.

Carlos