Paradoxalmente eu

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Sinto-me leve,
Tanto quanto me permitem as carnes, os ossos,
A matéria cujo destino já está traçado... o pó
A leveza vem d'alma
Pura e simplesmente essência
Forma-se um paradoxo, assim nasce um poeta

Sinto-me bela,
Tal qual a flor abrindo-se silenciosamente
Tal qual o sol renascendo em seu caminhar permanente
Tal qual o rio correndo de encontro à nascente
Sou coadjuvante da vida
Partícula de todo um contexto
E me saber parte me faz ser o todo
Mesmo sem motivo, sem pretexto
Forma-se outro paradoxo, assim vive o poeta

Sinto-me livre
Já não preciso de linhas limitadas e finitas
Exalo, transpiro e vivo minha arte
Troco versos por amores
Rimas por vivências
Palavras por sorrisos e lágrimas
Renasço para e pela vida, assim morre o poeta
Enfim acabo com um paradoxo.

* Escrito em 12/08/2002.

2 comentários:

Melia Azedarach L. disse...

As vezes me acontece isso, de encontrar o passado e tem um gosto diferente, um aroma complexo e ao mesmo tempo simples, algo que me faz pensar em tantos detalhes, pois sou do tipo que não consegue esquecer...
Acho que hoje que irá roubar uma pontinha da sua idéia sou eu, me sinto nostalgica ultimamente, lembrando de infância, de gosto de infância.
Obs: essa poesia está perfeita e me fez pensar mais ainda...Parece uma poesia de "gente grande" e com coração de uma menina descobrindo o mundo e a si mesma.

E se prepara, você o Paulo e eu tivemos a mesma idéia nostalgica hoje rsrs.Estou começando a escrever o novo post.

Um grandioso beijo!

Anônimo disse...

Enfim.. Acaba vc.. rs

pq pelo que eu saiba.. vc ainda continua sendo um paradoxo..

óh!
rs

abraço Zun