Post de segunda

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Em menos de uma semana ouvi a mesma pergunta 3 vezes, feita por pessoas diferentes, em situações absolutamente diferentes:

- O que você quer?

É, acho que essa foi a frase da semana (passada). Não pensem que não atentei para o fato de que é uma frase interrogativa. A minha frase da semana é uma pergunta, e mais, uma pergunta que não foi feita por mim. Foi feita para mim. Então, minha frase da semana não é minha. Não fui eu que formulei. Ah, pára com isso, não é? Não vamos entrar nessas questões agora.

O assunto em questão é: O que eu quero?

Eu quero tantas coisas:
- Quero que as pessoas criem menos problemas pra si mesmas, pra mim, pro mundo.
- Quero que eu crie menos problemas pra mim mesma, pros outros, pro mundo.
- Quero que o Bush vá ver se o Bin Laden está na esquina.
- Quero parar de tropeçar em fios (é sério... acredita que eu fui entregar um certificado num evento e tropecei, de novo, no fio do data show? é, eu fiz isso, num auditório lotado... rs).
- Quero esquecer umas coisas e, principalmente, lembrar de muitas outras (como, por exemplo, onde deixei os óculos ou o celular... argh...).
- Quero que as pessoas não morram, não quando ainda há tanta vida.
- Quero me sentir menos impotente diante do inevitável.
- Quero ser mais disciplinada, mais organizada, mais responsável.
- Quero que as pessoas sejam menos complicadas, menos obscuras, menos pesadas.
- Aff... Essa lista não tem fim (felizmente).

Eu não quero coisas mais específicas? Não faço planos concretos?

Sim. Sim. Mas o fato é que... Bom, como eu disse, vivo tropeçando em fios. Vamos combinar que olhar pro horizonte é mais atraente que ficar olhando pro chão. Já sei, já sei, pra chegar ao horizonte, há que se caminhar até lá, e ficar tropeçando torna o caminho mais demorado (pra não falar das outras conseqüências).

É, talvez eu devesse mesmo me preocupar mais com cada passo e menos com a viagem (melia, aposto que sacou o duplo sentido...rs). Talvez eu devesse sempre me questionar o que quero a cada segundo. Isso, certamente, resolveria alguns conflitos com os outros, evitaria até alguns conflitos comigo mesma. Mas será que se fosse assim, eu ainda seria eu? Não sei.

Confesso que acho que os nossos "defeitos" nos definem tanto quanto nossas qualidades. O grande lance é perceber até que ponto vale à pena nós nos apegarmos a nós mesmos.

Viajei, não é? O que você esperava de um post de segunda? rs

5 comentários:

Unknown disse...

"-Quero que as pessoas criem menos problemas pra si mesmas, pra mim, pro mundo."
"- Quero que as pessoas não morram, não quando ainda há tanta vida.
- Quero me sentir menos impotente diante do inevitável."

Conclusão:

você quer o impossivel, o impossivel que não depende de você, que tal começar pela parte que dependa mais de você e se estiver certo o ditado que diz que uma coisa boa inspira outra talvez uma atitude positiva em prol de si mesma inspire bons fluidos para você.

que tal começar sua reforma interior, comece pelo quarto, pela sala, pela parte que mais te toca e te incomoda e ao passo que as melhorias vão surgindo internamente, o exterior fica mais favorável, conspira mais a seu favor, porque o cheiro de tinta nova atrai, o brilho da novidade reluz e todo o resto que se modifica por dentro transparece por fora como consequência simples e natural.

não, não, isto não é conselho, longe de mim, é só um ponto de vista de alguém que procura constantemente se reformar por dentro pra não transparecer uma realidade feia,triste e pesada por fora. rs

:)

Anônimo disse...

Já sei o que vc vai pensar - quem ele acha que é? Mas nem ligo, vou escrever mesmo assim. Essa sua amiga que comentou antes de mim não entendeu uma só palavra do que vc escreveu. Aliás, acho que ela não entende vc. O que não me surpreende, por sinal. Essa história de simples assim não é tão simples quanto pode parecer à primeira vista, não pra todo mundo. Só que nem tudo está perdido, eu entendo o que vc quis dizer. Ouso dizer que o que vc quer mesmo é não ter que dizer tudo, só não sei se por não ter vontade mesmo ou por achar que não seria entendida. Acaba de me ocorre que seja um teste, mas deixa isso quieto.
Vc tem umas sutilezas que me encantam, essa sua lista não é uma lista de verdade. É ilustrativa, tenho certeza. É o jogo dos opostos com o que os 3 desavisados te perguntaram. Sra. simples assim, o que sei é que vc é uma mulher peculiar. Sei também que é hora de deixar de ser patético e enfrentar a esfinge.

Zunnnn disse...

é.. as vezes queremos coisas que sao realmente bem dificeis...

mais continua tentando. so conseguimos assim , ne?

abraço

Melia Azedarach L. disse...

A viagem, não foi, não deu, enfim...Mas eu entendi.
É só o caminho, cheio de fios, cheio de meios, sem fins, cheio de contradições.
Um meio sem fim, sem meios...
É uma confusão!
É só uma segunda-feira, virando terça.
E o que eu quero?
Quero que sua net funcione direito, que você resolva cada problema seu, que possamos falar de amenidades e esquecer tanta coisa que tira o sono que faz olhar pro teto enquanto deveriámos dormir e não mais pensar.
Por que a vida é muito mais do que simplesmente querer e saber diferenciar isso é tão bom quanto todo o resto, a vida poderia ser uma grande amenidade, mas não teria graça.
Enfim, é a vida e todos os desejos.

Beijos querida!

Bill Falcão disse...

É, até que você não tá querendo muito...Assim, pra uma segunda-feira...
Bjoooooooooo!!!!!!!!