Um breve agradecimento

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Fragmentos de 3 conversas com 3 pessoas absolutamente diferentes, com as quais eu tenho relações totalmente distintas. Foi o que me veio à cabeça no momento em que me abandonei aqui, à frente deste teclado, que tem sido meu parceiro e algoz, há mais ou menos 1 ano.

Fico pensando o que têm essas 3 pessoas em comum. E as palavras que me vêm à cabeça são intensidade e liberdade. Vida em tamanha abundância que, em certos momentos, parece que um só corpo não os conterá. Será pouco, bem pouco, pra abrigar tanto sentir e tanto pensar.

Intensidade e liberdade. Fácil antever quais efeitos essa mistura causa em mim. Encanto, interesse e está acionado o botãozinho que desencadeia uma série de pensamentos que levam a outros pensamentos num ciclo que parece interminável.

Uma mulher madura, segura, experiente, encantada, absolutamente encantada por um menino que, com uma doçura absurda, foi fazendo caírem todas as máscaras, foi limpando toda a camada espessa de pó que cobria o rosto da tal mulher. E ela, tão acostumada a cravar com segurança os dois pés no chão firme, fica sem saber o que fazer quando se sente caminhando num chão de nuvens. O garoto aparentemente tão frágil, a mulher firme como rocha. E no fim das contas, não se sabe mais quem corre mais riscos nesse encontro improvável.

Um homem que, mesclando sagacidade, sarcasmo e delicadeza, vai deixando uma série de mensagens subliminares, as quais vão formando uma corrente de elos arredondados. Um caminho de migalhas de pão que vou trilhando com a total certeza de que é preciso atenção, apesar de todas as alegorias que enfeitam a estrada. Um caminhar sem ponto de chegada, apenas o prazer de continuar descobrindo o que se apresentará mais adiante. Quais serão as novas mensagens, quais pensamentos elas desencadearão em mim, quantos sorrisos mais?

Uma mulher muito jovem, uma menina muito velha. Uma pessoa daquelas que nos faz oscilar entre a reflexão mais profunda e a piada mais infame, fazendo com que a reflexão não pareça tão "pesada" e a piada não pareça tão tola. Confidências trocadas. Muita prosa. Poesia, sempre. E a capacidade de ler minhas palavras com uma sensibilidade tamanha que, por muitas vezes, me faz ficar feliz por tê-las escrito.

3 pessoas que, sem nem saberem da existência umas das outras, uniram-se pra me passar uma só mensagem dividida em partes, como num geograu (?) daqueles de escola primária. Cada um, em seu momento e com uma eficiência ímpar, falou a sua parte. E quando foi dita a última palavra do último participante ficou muito claro que, nem sempre, as mensagens vêm inteiras, de uma só vez, nem passadas por uma só pessoa, por uma só situação.

A moral da história é que apre(e)nder não é algo tão fácil quanto pode parecer à primeira vista. Requer atenção, percepção e... boas companhias, é claro... rs.

11 comentários:

Leo Mandoki, Jr. disse...

sabe aquela história do amo com o seu escravo?
No fundo, o amo é que é o escravo e o escravo é o amo, pq o amo está super dependente do escravo. Sem o escravo ele já não sabe o que fazer...e o escravo sabe disso...o escravo sabe o dominio que exerce sobre o amo.

Assim é vc com os seus amigos. Vc sabe retirar lições a partir do convívio com seus amigos, mas os seus amigo acabaram criando um dependência em querer falar ctg.

Vc é que tem me dado lições de leituras e de pensamentos...

um beijão pra vc linda!!

Anônimo disse...

" que cobria o rosto da tal mulher..."

me pergunto,e eis-me aqui em conflito com a minha unica modéstia realmente sincera se é mais uma vez aquelas palavras entendidas somente por eu e vc...

será? dessa vez não consigo mesmo enxergar tão claramente... não consigo enxergar claramente,mas não através de vc... eis-me,dessa vez,ainda tateando um novo eu,reparando ainda na minha nova forma de pensar,de agir... perca da minha sensibilidade? não... outra sensibilidade...mais aguçada ainda,mas que dessa vez sente por outra pessoa que não eu.

E esse novo eu segue tentanto enxergar e conhecer a si próprio ainda.

bjin querida,te adoro,esquece não,tá? rs

PS> não seria um "jograu"? nunca gostei de montar aqueles triangulos...rs
ai amore,podia ter usado um simples Lego no lugar desse jograu...rs
brincadeira,10h42...
bom dia pra vc...
bjin querida

Anônimo disse...
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Anônimo disse...

Eu saio por uns dias e perco o posto do cara que te faz pensar? Que mulher volúvel. Tudo bem quanto mais você pensar mais interessantes serão seus escritos e nossas conversas. Pelo visto agora tenho um concorrente a minha altura, vou ter que retomar minha leitura diária da coleção Barsa... hehehe

Unknown disse...

Muitas vezes as pessoas nos ensinam melhor que os livros, porque suas experiências não são iguais, não são facilmente explicáveis, mensuráveis e resolvidas com base em teorias cientificas.

Estas pessoas que cruzam nosso caminho por vezes deixam vestígios de si e nós deixamos um pouco de nós com elas sem prevermos notamos os sintomas que elas provocam em nós e delas tiramos aprendizado em boa parte do que elas nos trazem.

Espero que teus vestígios me tragam maior clareza sobre o que você é e que os meus não te deixem na escuridão.

Abraços saudosos!

Leo Mandoki, Jr. disse...

...mas vc sabe como termina a historinha da trilha com migalhas de pão né???

...um passarinho vai comendo as migalhas e dps quem estava seguindo a trilha já não sabe o caminho de volta...

ehehehheheh...gosto mto de conversar com vc. Vc é uma pessoa bastante ponderada, reflexiva e inteligente.

um beijo grande pra vc!!

:.tossan® disse...

Podem passar vidas e sonhos e não decifrar tudo que se deseja mas pode escolher a lição. Bj

Anônimo disse...

haha voluvel,filosófo... maldade...rs

Concordo mais com mandoki,ponderado o jeitinho dela,não é?

Imagine eu então,a quem ela diz ter um jeito reservado...haha

Vcs me divertem com esses comentarios...
está feito o reconhecimento.

Leo Mandoki, Jr. disse...

PUTZ!!!
nem na última ceia isso existiu né!!!
migalha de pão com vinho?
se ainda fosse o pão inteiro!!
tou brincando!!
sabe!!
vc tem um excelente perfil para ser diretora da CIA ou do FBI
vc é mtoooo reservada!!!
vc é a chamada mulher encriptada

Melia Azedarach L. disse...

Ainda to lendo uma parte e sabe, lembrando de mim...acho que sou mesmo eu aqui nesse texto, mas o que deu a deixa foi a parte do infame mesmo, de certa forma eu sei que se trata de mim e fico feliz.Fico feliz de estar incrivelmente cansada, do meu dia ter sido corrido, de ter trabalhado mais do que deveria e me estressado mais e que finalmente no fim desse dia eu possa ler algo que signifique de verdade.
Sinto falta de algumas coisas, nem tudo está completo como deveria, tantas outras ainda me incomodam, mas ainda tem muita coisa que compensa todo o resto.É uma felicidade barata, aquela cumplicidade apressada, sem muito compromisso de se elogiar, mas só se revelando em detalhes.
Eu te gosto, você sabe...

Paula Barros disse...

Gostei demais. A forma de escrever, de passar o sentimento, a percepção do outro, o aprendizado com aqueles que formam elos invisíveis, mas são visíveis no sentir.

Muito bom.

abraços