Ser e não ser devorada

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Sabe o bom e velho "decifra-me ou te devoro"?

Pois bem, acho mesmo que nós vivemos sendo devorados por... nós mesmos !!! Confesso que, em muitas situações, é uma sensação bem incômoda, tipo "se correr o bicho pega, se ficar o bicho come". Mas o grande lance disso é que, sem conseguir decifrar a nós mesmos, somos devorados, digeridos e renascemos da merda... ops, das cinzas... rs... rs...

É isso, acho mesmo que somos a reinvenção de nós mesmos. Passamos uma parte de nosso tempo pensando em quem, na verdade, somos. Perguntamos, nos questionamos. Às vezes a resposta vem e ficamos satisfeitos (por enquanto), às vezes vem e não nos satisfaz, muitas vezes ela (a resposta) simplesmente nos larga feito bobos esperando no ponto do ônibus. Dá vontade de gritar: "Pára que eu quero subir !!!"

Mas nunca temos certeza de nossas certezas e ficamos assim perdidos entre o que nós achamos que somos, o que os outros acham que somos, e nossas dúvidas de identidade. Angustiante? Claro que não. Produtivo, instigante, vital.

Como conheço minha forte propensão para filosofia barata, viagens a Terra do Nunca e afins, apesar de achar essas reflexões muito proveitosas, tenho ficado cada vez mais atenta pra não esquecer de que há um mundo dentro de mim, mas há diversos mundos do lado de fora. Mundos em que tudo que eu guardo só "existe" se for o conteúdo de atos, mundos que devo e quero explorar. Portanto, ser é ótimo, mas é preciso fazer, agir... VIVER.

P.S.: Segundo post seguido sobre questões existenciais. Prometo que acaba aqui a série "Ser ou não ser? Eis a questão"... rs... Mas, dessa vez, a culpa é toda da Candy que me fez viajar nos escritos dela. É isso, um comentário que virou post. Sorte a minha que tenho amigos tão inspirados... rs.

12 comentários:

Kari disse...

Talvez o nosso maior inimigo sejamos nós mesmo...

E quer saber? Eu adoro essas filosofias "baratas", mas que rendem horas de pensamentos....

Beijos

Sandra Costa disse...

ihh, adoooro uma filosofia barata.. hehehe.. no meu blog tem várias, nascidas nos bares ou nas conversas de esquina...

Paula Barros disse...

Oi querida, faz tempo mesmo não é? Estava pensando então. rsrs Está perdoada. Você pensando, eu penso, logo sinto, logo existo. E tento existir melhor.

"Angustiante? Claro que não. Produtivo, instigante, vital."

No meu ponto de vista é sempre angustiante. Porém, existem aqueles, e não são todos, que podem transformar a angústia em movimento de crescimento espiritual e emocional. Você me parece ser assim.


Uma vez escrevi, e não tenho certeza que tenha vindo de mim mesma, que de tanto pensarmos e tentarmos ser melhor, deixamos de viver. E muitos já disseram, é vivendo que se aprende. Principalmente se aprende quem somos nós, o que sentimos, como reagimos diante dos momentos da vida.


O que pensei vai servir para mim. Que penso demais.

Então vamos viver...

beijos, adorei.

Anônimo disse...

Sabe que o queme chamou atenção foi o fato que vc disse:

reinvenção de nós mesmos

será que temos esse poder sobre nós? É que somos tão egoístas, nos achamos tanto, que apontar o dedo pra nós mesmos e citar nossos defeitoas às vezes é difícil, e sem reconhecer nossos erros nao podemos nos reciclar, neh helena?

e sobre sabermos quem somos nós, bom, essa é uma das antigas questões da humanidade né... vc até comentou em um texto meu no blog que começava com essa pergunta, mas sem filosofia haha....

mas gosto de uma música da ana carolina que diz o seguinte:

"Clara, noite rara, nos levando além da arrebentação, já não tenho medo de saber quem somos na escuridão"... as vezes no silêncio, no escuro, no vazio, nas trevas nós nos vemos.

A música é: "Eu que nao sei quase nada do mar" - Ana Carolina e Jorge Vercillo.

bjos.

Leo Mandoki, Jr. disse...

sabe do que é q eu gostaria?
que vc se reinventasse cmg....mas cmg vc nao se reinventa...cmg vc se retrai nos teus medos...
se reinventa cmg vai!

Késia Maximiano disse...

A verdade é q o temos aqui dentro conta muito mais...

Beijos

:.tossan® disse...

Filosofando?! Problemas no meu Pc..
Beijão minha flor.

ainda o silêncio
ainda o vazio das palavras
ainda a dor de um amanhã mudo
sem a luz de um olhar
sem o raiar de um sorriso
ainda um céu cinzento sobre a cabeça
o sol brilha por toda a parte
a parte que me cabe perdeu-se

e o autor desta também não sei...

Anônimo disse...

A abismo entre o que achamos que somos e quem as pessoas acham que somos é profundo. nem sempre é muito bom querer explorar isso... As vezes é ótimo, mas acredito que nem um, nem outro ache verdadeiramente o fio da meada...rs

Z.

Kari disse...

Sabe, eu adorei o teu comentário no meu post. A história de Lulu é verdadeira, realmente aconteceu comigo, mas amei a interpretação que fizestes sobre Lulu e nós, e a nossa vida...
Muito obrigada por me fazer refletir... Gostei bastante...

Beijos

Candy disse...

Eu sou como Kari: adora essas filosofias!
e acredito que elas movam o mundo.
Sim e pq nao?
Nos fazem pensar, relfetir, querer saber quem somos, pq somos, pra onde vamos...
uma resposta é dificil de ser encontrada e ela é super efemera tb.
Mas é isso msm, cada momento da vida varias respostas!

opa!
que bom que te inspirei!
:D

beijããoo

Ava disse...

"Eu posso desatar todos os nós, largar as rédeas
Mas você terá fólego pra me acompanhar? "

Essa é a grande questão!
Quase smepre não estão....rs
e nós temo que seguir sozinhas...rs


Beijos avassaladores

Bill Falcão disse...

Acho que é assim mesmo, Dani!Se a gente bobeia, acabamos devorados por nós mesmos!
Bjooooooooooooooo!!!!!!!!!!!!!!