Estranha(mente) vestida

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É, meninos, vocês têm razão. Nós, mulheres, somos muito estranhas. Mas vamos combinar que também é bem estranho sangrar "em bicas" todos os meses, sentir uma dor dos diabos, ter vontade de sair pelas ruas metralhando todos os idiotas desse mundo e ao mesmo tempo ter vontade de se esconder embaixo do edredon e não sair de lá nunca mais. E além disso continuar acordando todos os dias, fazer 350 coisas ao mesmo tempo e ainda ouvir às 8 da manhã que você é a nora que a mamãe do pedreiro da esquina (que não necessariamente é pedreiro) espera ansiosamente. É isso aí, meus queridos, ser mulher não é a-coisa-mais-fácil-desse-mundo. Tudo bem, isso tudo justifica mas não explica. Vocês provavelmente continuam nos achando estranhas e eu, de bom grado, continuo aceitando o rótulo, até porque admito que sinto e faço coisas que corroboram essa sua opinião.

A pessoa aqui apesar de longe de se classificar como um exemplar da mulher moderna culta, viajada, mega esperta e bem resolvida, também não se encaixa no perfil garota sarada cabeça oca. Estudar sempre foi uma opção. Ler, em alguns momentos, quase tão prazeroso quanto um orgasmo múltiplo. Se um dia eu resolver aderir a algum culto extravagente, será ao cérebro, ao meu, inclusive. Já viajar, no sentido literal ou não, é um hábito. Quanto a ser bem resolvida, digamos que eu tenha uma relação de amor e ódio com meus próprios sentimentos.

Acontece que ontem estava eu procurando um bat-vestido para as mulheres criticarem e os homens nem notarem num casamento que pretendo ir hoje mais tarde e eis que me peguei tendo a satisfação pessoal mais perceptível dos últimos dias. Ganhei na sena? Dei de cara com um príncipe encantado (lê-se cara gente boa, inteligente, divertido e lindo!!!)? Saiu aquela bolsa tão esperada pro mestrado na Europa? Nãoooooooo. Serviu-me (muito bem, minha falta de modéstia tem que acrescentar) um vestido "P".

Você está rindo? Provavelmente é homem ou tem medidas de uma menina de 12 anos. Porque, sinceramente, qualquer mulher com medidas de gente grande, que tenha bunda, perna e todo o resto que uma pessoa normal tem, sabe que entrar num vestido "P" não é assim uma coisa tão banal. Portanto, chamem-me de fútil, vazia ou ESTRANHA. Mas o fato é que hoje à noite vou "me enfiar" num vestidinho "P" e, por algumas horas, vou brincar de ser livre, leve e solta.


P.S.: Ando me divertindo com um novo brinquedinho. Pensou bobagem??? Nada. Resolvi me render ao twitter (www.twitter.com/@daspe3).

7 comentários:

Paula Barros disse...

Dani, deve ser muito bom mesmo, deve ser maravilhoso, deve ser ...

bem, acho que só vesti tamanho "p" na maternidade...e ainda duvido. rsrs (estou rindo, mas é para chorar)

Divirta-se, dance, rode, salte, voe....e seja feliz com o vestido tamanho "p" e a mente e a alma extra G.

beijos

Mário Liz disse...

Dani, que saudade ! Você não precisa entrar em um vestido P. E nem há razão para ficar P da vida com isso. Homens de verdade gostam de mulhres normais. MULHERES,leia-se ... não MENINAS. Hoje há uma invesão idiota de tudo ... meninas bailam nas ruas como putas e mulheres se portam como meninas desajustadas. Eu gosto de mulhres que entrem em qualquer vestido ... e principalmente ... que saiam dele nos momentos mais intensos ...

in natura disse...

Formidável Dani, adorei o texto. Viva legal porque de estranha não tem nada e sim de mulher valente. Beijuss

Sandra Timm disse...

Que post gostoso!

Estou rindo até agora pq estou fazendo o caminho inverso e virando um cachalote-anão...

E dizer que até pouco tempo eu comprava coisas na sessão infantil... Bons tempos, aqueles

KKKKKKKKKK

Um ótimo fim de semana pra você, use, abuse e divirta-se muito com seu vestido "P"... mate as mulheres de inveja e deixe os homens babando.

Beijo

Bill Falcão disse...

Hehehe! Tá certa em ficar alegre, sem dúvida alguma! Mesmo sem ser mulher e não tendo que passar pelos problemas femininos citados, entendi tudinho, hahahaha!
E espero que a festa de casamento tenha sido também divertida.
bjoooo!!!!

:.tossan® disse...

Beijo Dani, não se preocupe. Logo você se inspira como o Drummond. Vá no meu blog e veja uma coisa diferente e não precisa comentar o que importa é a apoteose. Beijo

Renata de Aragão Lopes disse...

Cada qual
com sua alegria:
miúda aos olhos dos outros,
mas enorme pra quem a sente! : )

Beijo,
Doce de Lira